CÍRCULO DE TRABALHADORES
CRISTÃOS DE GRAVATÁ
NOSSA HISTÓRIA
UMA ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS
O Círculo de Trabalhadores Cristãos de Gravatá, foi constituído sob a denominação de Círculo Operário de Gravatá, em 20 de maio de 1962, por ocasião da sua fundação. Posteriormente em l6 de outubro de 1983, em Assembléia Geral Extraordinária, passou a denominar-se Círculo de Trabalhadores Cristãos de Gravatá, entidade registrada no CNPJ 10.313.880/0001-00. É uma sociedade civil, sem fins lucrativos, que tem por finalidade a promoção integral do homem, nos setores econômico, social, cultural, educacional e religioso. Iniciou suas atividades com as comunidades rurais, apoiando o pequeno agricultor e incentivando a agricultura familiar e alternativa. Ajudou a fundar o sindicato rural, cooperativa popular, várias associações e entidades sociais, da zonza urbana e rural, no município.
Há 50 anos desenvolve atividades educacionais e sociais em duas comunidades periféricas do município: Bairro Novo e Vila Maria Auxiliadora. Na comunidade Maria Auxiliadora, o início do trabalho deu-se em virtude da grande seca ocorrida em todo Nordeste do Brasil, nos fins dos anos 70 e no início dos anos 80. Naquela época as famílias trabalhavam nas frentes de emergência provida pelo Governo do Estado, ou em biscates. Então, o Círculo percebendo a angústia dos pais que deixavam suas crianças em casa sozinhas e sem assistência, implantou em 1978 o primeiro núcleo educacional comunitário na Vila Maria auxiliadora, escola Laura Vicuña. Mais tarde, em 1982 foram implantados dois outros núcleos, na comunidade do Bairro Novo, escola Maria Menina e Maria Medianeira. Inicialmente foram atendidas 270 crianças com pré-escolar. Depois iniciou o ensino fundamental e passou a atender a 450 crianças. A partir de 2010 as crianças foram integradas a rede educacional do município, e assim a entidade encerrou suas atividades com educação formal e continuou o trabalho com crianças e adolescentes com educação complementar, oferecendo oficinas de artes cênicas, literária e manuais, dança e música. Essas comunidades, são bairros da periferia de Gravatá, bastante populosos com situação socioeconômica baixa. Muitas famílias são oriundas da zona rural que vêm para a cidade com esperança de dias melhores. Desqualificados e com uma cidade já com alto índice de desemprego, elevam esse percentual significantemente.
Os meios de sobrevivência das famílias são os mais variados: venda ambulante, biscate, faxina, lavagem de carros e uma série de pequenos serviços. Neste universo onde a remuneração é tão escassa a luta pela sobrevivência faz com que os filhos ingressem no trabalho muito cedo, impedindo-os de participar de atividades que desenvolva suas potencialidades e criatividade, preparando-os para a vida adulta com consciência e capacidade de exercer sua cidadania. Diante desta realidade e Ciente de que a educação é um direito que se reconhece como requisito para a construção da cidadania, a entidade tenta de várias formas prestar um atendimento comprometido com as causas e as consequências da desestruturação das famílias, oferecendo oportunidades de crescimento através de atividades psicopedagógicas, culturais, recreativas e esportivas, procurando estimular a formação da consciência crítica e o desenvolvimento das potencialidades , tendo como meta oferecer possibilidades para uma mudança de atitudes, substituindo nas famílias a sua passividade para atos de participação, ganhando o senso de responsabilidade social. Com relação as causas, atua na Política de Garantias de Direitos junto aos Conselhos setoriais do município procurando influenciar a formulação de uma política de atendimento, dimensionando o problema e potencializando soluções. Atualmente faz parte dos seguintes conselhos municipais: De defesa dos direitos da Criança e Adolescente, Meio Ambiente, Assistência Social e Segurança Alimentar. Dentre suas várias atividades destaca-se o grupo de produção artesanal ARTGRAVATÁ, que iniciou suas atividades em 1979 com a produção de artesanato decorativo e utilitário, brinquedos educativos, material pedagógico (Montessori) e mobiliário escolar, a partir de modelos trazidos por professores. Desde 1999, participa do Programa de Comércio Justo e Solidário. Este grupo tem como missão fabricar brinquedos educativos com qualidade e responsabilidade social, contribuindo para melhorar a qualidade de vida de seus associados, potencializar a educação e promover ações que contribuam para o desenvolvimento humano sustentável. Na área de profissionalização o Círculo tem promovido em parceria com vários órgãos e instituições cursos de corte e costura, técnicas de culinária, marcenaria, artesanato, entre outros, em sua sede e nas comunidades do bairro novo e Maria Auxiliadora, contribuindo para a profissionalização e conscientização para melhoria da renda familiar e inserção no mundo do trabalho com dignidade.
Também desenvolve um trabalho de educação ambiental, oferecendo oficinas de segurança alimentar, fitoterapia, reciclagem e conscientização sobre o cuidado e preservação do meio ambiente. Em parceria com a pastoral do idoso, da saúde e a Sociedade São Vicente de Paulo, tem desenvolvido atividades de interação, inclusão e atenção a pessoa idosa. A entidade sempre procurou incentivar a liberdade de expressão, oferecendo um espaço democrático para proporcionar às pessoas de todas as idades, oportunidades de desenvolver e exercer habilidades de liderança, senso crítico, responsabilidade, autoconhecimento, respeito pelas leis, pelos direitos dos outros indivíduos. Durante toda sua trajetória apoiou e ajudou a fundar várias instituições sociais no município e a formação de muitos conselhos municipais e esteve presente nas mudanças sociais e políticas da cidade, participando de fóruns, conferências, seminários, audiências públicas e comissões em diversas áreas.